fonte: http://modernismoportugues31a.blogspot.com/2010/03/o-modernismo-portugues.html
Com a guerra, as lutas sociais, o desenvolvimento cientifico e tecnológico, o século XX foi marcado por cenário de extrema transformação. O modernismo português teve início com a publicação da revista “Orpheu”, onde toda uma geração do movimento foi organizada em torno da revista.
Com a guerra, as lutas sociais, o desenvolvimento cientifico e tecnológico, o século XX foi marcado por cenário de extrema transformação. O modernismo português teve início com a publicação da revista “Orpheu”, onde toda uma geração do movimento foi organizada em torno da revista.
Em um contexto histórico neste momento o país passava por um momento conturbado politicamente, onde se ascendia uma guerra entre dois lados opostos. De um lado havia os republicanos que defendiam o golpe que havia sido dado em 1910 quando foi proclamada a república e do outro os antirrepublicanos que defendiam a monarquia e o sistema conservador. O segundo grupo criou o integralismo português, que chegou ao poder em 1926 e deu início a uma ditadura que durou até 1974.O modernismo português então acaba se dividindo em quatro gerações.
A primeira marcada com o espirito nacionalista, onde os textos literários eram expostos em revista e que transformaram muitos escritores anônimos em grandes famosos, como Fernando Pessoa, uma dessa revistas recebe o nome de “Orpheu”, esta além de nomear a primeira geração de orfeísmo e exerceu extrema importância sobre as gerações seguintes, pois procurava incorporar na literatura portuguesa, o contexto europeu.
Já a segunda geração do modernismo, teve influência com o lançamento da revista “Presença” em 1927, como neste momento estava ocorrendo a ditadura integralista, ela deveria publicar estritamente artigos literários, não poderia existir correstes políticas, sociais ou religiosas. Não havia ruptura com a geração anterior, os artistas que formavam a revista buscavam configurar uma “literatura viva” em suas publicações, dois dos escritores que ficaram famosos com a revista foram José Régio e João Gaspar Simões.
Na terceira geração encontramos o Neorrealismo, surgindo com a frequente tensão da segunda guerra mundial e com a resistência à ditadura que estava ocorrendo desde 1928. Eles se colocavam contra as tendências dos presencistas, onde defendiam uma literatura que combatesse os problemas políticos e sociais que estavam ocorrendo naquele momento. Ferreira Castro, foi um dos grandes nomes dessa vertente e estimulou a criação de inúmeros nomes portugueses.
E a quarta geração surgiu na década de 50 e existiu ao mesmo tempo que o Neorrealismo, sendo chamada de Surrealismo, que tinha influência direta do Surrealismo de André Breton, onde havia uma escrita chamada de “automática”, com uma livre associação de palavras e de ideias. Um de seus principais representantes foi Antônio Pedro. Essa geração é marcada como transicional para a literatura portuguesa contemporânea, pois em 1960 já haviam alguns conceitos dessa literatura.
Assim, o movimento modernista chega ao fim em 1974 após o fim da Revolução do Cravos, que com o retorno da democracia, trouxe para os escritores portugueses a vontade de reconstruir a história por uma ótica mais crítica e social.
Até a próxima :)
Bibliografia:
CEREJA, William e Thereza Cochar. LITERATURA PORTUGUESA - em diálogo com outras literaturas de língua portuguesa. 3º edição, São Paulo, 2009.
PEREZ, Luana Castro Alvez. Modernismo em Portugual. São Paulo, 2019. Acesso em: https://www.portugues.com.br/literatura/modernismo-portugal.html.
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