EXERCÍCIOS
Questão 1
Leia o texto a
seguir para responder à questão:
De homem para homem
- Ateu, não:
agnóstico
- Pois eu te dou
quinhentas pratas se você me disser o que quer dizer essa palavra.
- Ora, para
começar você não tem quinhentas pratas. Estou conversando a sério e você me vem
com molecagem. Acho que Deus é uma coisa, os padres outra. O ranço das
sacristias me enoja. Tenho horror ao bafo clerical dos confessionários! O bem
que a confissão pode nos fazer é o de uma catarse, um extravasamento, que a
psicanálise também faz, e com mais sucesso. Estou mesmo com vontade de me
especializar em psiquiatria.
- Só mesmo um
doido te procuraria.
Mauro não pôde
deixar de rir. Eduardo acrescentou:
- Você vai ter
de se curar para depois curar os outros.
- É isso mesmo -
concordou o outro, sério. - Estou exatamente preocupado com o meu próprio caso.
Já iniciei o que eu chamo de "a minha libertação".
- E o que eu
chamo de "a sua imbecilização".
- Vista pela
sua, que já é completa. O que eu chamo de libertação é a possibilidade de me
afirmar integralmente, como homem. O homem é que interessa. Se Deus existe,
posso vir a me entender com ele, mas há de ser de homem para homem.
Fernando Sabino
O texto de
Fernando Sabino apresenta características do seguinte gênero textual:
a) Poema.
b) Conto.
c) Crônica.
d) Ensaio.
e) Fábula.
Questão 2
São
características da crônica:
I. Gênero
narrativo marcado pela brevidade, narra fatos históricos em ordem cronológica.
II. Publicada em
jornal ou revista, destina-se à leitura diária ou semanal, pois trata de
acontecimentos cotidianos.
III. Obra de
ficção do gênero narrativo, apresenta narrador, personagens, ponto de vista e
enredo.
IV. Gênero que se
define por sua pequena extensão, é mais curto que a novela ou o romance,
apresentando uma estrutura fechada.
V. Tipo de texto
que se caracteriza por envolver um remetente e um destinatário, geralmente é
escrito em primeira pessoa.
a) I e II.
b) I e III.
c) IV e V.
d) I e V.
e) III e IV.
Questão 3
(ENEM – 2012)
Desabafo
Desculpem-me,
mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não
tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela
luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem
respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que
venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J.
E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea
de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as
outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem
predominante é a emotiva ou expressiva, pois
a) o discurso do
enunciador tem como foco o próprio código.
b) a atitude do
enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
c) o interlocutor
é o foco do enunciador na construção da mensagem.
d) o referente é
o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
e) o enunciador
tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.
Questão 4
(Fatec - 2013)
O labirinto dos
manuais
Há alguns meses
troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora,
era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e
até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”,
decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções.
Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever
todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções!
Na semana
seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall,
não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo,
pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.
— Manual só
confunde – disse didaticamente. – Dá uma de curioso.
Insisti e
finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que
agora não consigo botar a campainha de volta!
Atualmente,
estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um
livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” – um guia prático, simples e
colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que
adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20,
minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de
chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz?
Tudo foi criado
para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira
fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de
pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior
era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu
toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia,
a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas
as mensagens, desde o início do ano!
Eu sei que para
a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não
é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só
aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que
a maioria das pessoas acaba fazendo!
(Walcyr
Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado)
Entre as
características que definem uma crônica, estão presentes no texto de Walcyr
Carrasco
a) a narração em
3ª pessoa e o uso expressivo da pontuação.
b) a criação de
imagens hiperbólicas e o predomínio do discurso direto.
c) o emprego de
linguagem acessível ao leitor e a abordagem de fatos do cotidiano.
d) a existência
de trechos cômicos e a narrativa restrita ao passado do autor.
e) a ausência de
reflexões de cunho pessoal e o emprego de linguagem em prosa poética.
QUESTÃO 5
Classifique os textos a seguir em:
·
crônica narrativa
·
crônica reflexiva
·
crônica descritiva
·
crônica metalinguística
·
dissertação
IMPORTANTE: você
pode repetir as categorias, nem todas serão utilizadas.
a) “Outros fatores
contribuem diretamente para dificultar a adaptação do calouro à universidade. A
desinformação é um desses fatores: a grande maioria dos jovens desconhece não
só as atividades básicas da profissão que escolheu – ou que escolheram por ele
– como também o currículo mínimo necessário à sua formação.”
(Revista Veja) Resposta:____________________________________
b) O grande sofisma
Não sou
responsável pelas minhas insuficiências. Se minha corrente vital é acaso
interrompida e foge de seu leito; se meu ser muitas vezes se desprende de seus
suportes e se perde no vazio; se é frágil a minha composição orgânica e tênues
os meus impulsos – culpo disso os meus pais, a sociedade, o regime, os
colégios; culpo as mulheres difíceis, os governos, as privações anteriores;
culpo os antepassados em geral, o mau clima da minha cidade, a sífilis que veio
nas naus descobridoras, a água salobra, as portas que se me fecharam e os
muitos “sins” que esperei e me foram negados; culpo os jesuítas e o vento
sudoeste; culpo a Pedro Álvares Cabral e a Getúlio; culpo o excesso de
proibições, a escassez de iodo, as viagens que não fiz, os encontros que não
tive, os amigos que me faltaram e as mulheres que não me quiseram; culpo a D.
João VI e ao Papa; culpo a má-vontade e a incompreensão geral. A todos e a tudo
eu culpo.
Só não culpo a
mim mesmo que sou inocente. E ao Acaso, que é irresponsável…
(Aníbal Machado) Resposta:
___________________________________
c)
“A consciência ecológica brasileira, emergente nos
últimos vinte anos, tem-se tornado cada vez mais vigilante. Os ecologistas
reservam uma atenção especial para as fábricas de papel e celulose, pelo mal
que podem provocar às águas, ao ar, ao meio ambiente em geral.”
(Revista Veja) Resposta: ___________________________________
d) O beijo
O beijo é uma
coisa que todo mundo dá em todo mundo. Tem uns que gostam muito, outros que
ficam aborrecidos e limpam o rosto dizendo já vem você de novo e tem ainda umas
pessoas que quanto mais beijam, mais beijam, como a minha irmãzinha que quando
começa com o namorado dá até aflição. O beijo pode ser no escuro e no claro. O
beijo no claro é o que o papai dá na mamãe quando chega, o que eu dou na vovó
quando vou lá e mamãe obriga, e que o papai deu de raspão na empregada noutro
dia, mas esse foi tão rápido que eu acho que foi sem querer…
(Millôr
Fernandes)
Resposta:
___________________________________
O texto a seguir servirá de referência para responder as questões
06 a 08
A nuvem
– Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever
uma semana inteira sem reclamar, sem protestar, sem espinafrar! E meu amigo
falou da água, telefone, Light em geral, carne, batata, transporte, custo de
vida, buracos na rua, etc. etc. etc. Meu amigo está, como dizem as pessoas
exageradas, grávido de razões. Mas que posso fazer? Até que tenho reclamado
muito isto e aquilo. Mas se eu for ficar rezingando todo dia, estou roubado:
quem é que vai aguentar me ler? Acho que o leitor gosta de ver suas queixas no
jornal, mas em termos.
Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras
mazelas. Não é verdade que as amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso
de folhas vermelhas voando no ar? E ficaria demasiado feio eu confessar que há
uma jovem gostando de mim? Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um
senhor maduro duram pouco. São caprichos de certa fase. Mas que importa? Esse
carinho me faz bem; eu o recebo terna e gravemente; sem melancolia, porque sem
ilusão. Ele se irá como veio, leve nuvem solta na brisa, que se tinge um
instante de púrpura sobre as cinzas de meu crepúsculo.
E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga.
Deixe a nuvem, olhe para o chão – e seus tradicionais buracos.
(Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana)
QUESTÃO 6
É correto afirmar que, a partir da crítica que o amigo lhe
dirige, o narrador cronista:
a) sente-se
obrigado a escrever sobre assuntos exigidos pelo público;
b) reflete sobre a oposição entre literatura e realidade;
c) reflete sobre diversos aspectos da realidade e sua representação na literatura;
d) defende a posição de que a literatura não deve ocupar-se com problemas sociais;
e) sente que deve mudar seus temas, pois sua escrita não está acompanhando os novos tempos.
b) reflete sobre a oposição entre literatura e realidade;
c) reflete sobre diversos aspectos da realidade e sua representação na literatura;
d) defende a posição de que a literatura não deve ocupar-se com problemas sociais;
e) sente que deve mudar seus temas, pois sua escrita não está acompanhando os novos tempos.
Em “E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome
tenência, velho Braga”, o narrador:
a) chama a
atenção dos leitores para a beleza do estilo que empregou;
b) revela ter consciência de que cometeu excessos com a linguagem metafórica;
c) exalta o estilo por ele conquistado e convida-se a reverenciá-lo;
d) percebe que, por estar velho, seu estilo também envelheceu;
e) dá-se conta de que sua linguagem não será entendida pelo leitor comum.
b) revela ter consciência de que cometeu excessos com a linguagem metafórica;
c) exalta o estilo por ele conquistado e convida-se a reverenciá-lo;
d) percebe que, por estar velho, seu estilo também envelheceu;
e) dá-se conta de que sua linguagem não será entendida pelo leitor comum.
Com relação ao gênero do texto, é correto afirmar que a
crônica:
a) parte do
assunto cotidiano e acaba por criar reflexões mais amplas;
b) tem como função informar o leitor sobre os problemas cotidianos;
c) apresenta uma linguagem distante da coloquial, afastando o público leitor;
d) tem um modelo fixo, com um diálogo inicial seguido de argumentação objetiva;
e) consiste na apresentação de situações pouco realistas, em linguagem metafórica.
b) tem como função informar o leitor sobre os problemas cotidianos;
c) apresenta uma linguagem distante da coloquial, afastando o público leitor;
d) tem um modelo fixo, com um diálogo inicial seguido de argumentação objetiva;
e) consiste na apresentação de situações pouco realistas, em linguagem metafórica.
QUESTÃO 9
Assinale a(s) alternativa(s) incorreta(s):
a) A crônica é
uma forma que ganhou invulgar vitalidade literária nas últimas décadas, tendo
experimentado momentos altos em Rubem Braga, Manuel Bandeira, Paulo Mendes
Campos, Fernando Sabino, Carlos Drummond de Andrade.
b) Rubem Braga é
um escritor brasileiro contemporâneo que se destacou na produção de romances
regionalistas comprometidos com os problemas do universo rural.
regionalistas comprometidos com os problemas do universo rural.
c) A crônica é
um gênero egresso das páginas fugazes de jornais e revistas que, em certos
casos de
elaboração estética das informações do cotidiano, merece permanência entre o que há de melhor no
patrimônio literário do Brasil.
elaboração estética das informações do cotidiano, merece permanência entre o que há de melhor no
patrimônio literário do Brasil.
d) Gênero muito
desenvolvido no Brasil, a crônica pode focalizar: memórias, lembranças da
infância, flagrantes do cotidiano, comentários metafísicos, considerações
literárias, poemas em prosa e pequenos contos.
e) A crônica
brasileira privilegia a linguagem escrita e falada no contexto urbano, dando
ênfase ao registro coloquial e informal da variedade padrão da língua
portuguesa.
QUESTAO 10
(Enem
– 2008)
Leia
o texto abaixo e responda a questão que o segue.
São Paulo vai se recensear. O governo quer saber
quantas pessoas governa. A indagação atingirá a fauna e a flora domesticadas.
Bois, mulheres e algodoeiros serão reduzidos a números e invertidos em
estatísticas. O homem do censo entrará pelos bangalôs, pelas pensões, pelas
casas de barro e de cimento armado, pelo sobradinho e pelo apartamento, pelo
cortiço e pelo hotel, perguntando:
— Quantos são aqui?
Pergunta triste, de resto. Um homem dirá:
— Aqui havia mulheres e criancinhas. Agora,
felizmente, só há pulgas e ratos.
E outro:
— Amigo, tenho aqui esta mulher, este papagaio, esta
sogra e algumas baratas. Tome nota dos seus nomes, se quiser. Querendo levar
todos, é favor... (...)
E outro:
— Dois, cidadão, somos dois. Naturalmente o sr. não a
vê. Mas ela está aqui, está, está! A sua saudade jamais sairá de meu quarto e
de meu peito!
(Rubem Braga. Para gostar de
ler. v. 3. São Paulo: Ática, 1998, p. 32-3 (fragmento).)
O
fragmento acima, em que há referência a um fato sócio-histórico — o
recenseamento —, apresenta característica marcante do gênero crônica ao:
a)
expressar o tema de forma abstrata, evocando imagens e buscando apresentar a
ideia de uma coisa por meio de outra.
b)
manter-se fiel aos acontecimentos, retratando os personagens em um só tempo e
um só espaço.
c)
contar história centrada na solução de um enigma, construindo os personagens
psicologicamente e revelando-os pouco a pouco.
d)
evocar, de maneira satírica, a vida na cidade, visando transmitir ensinamentos
práticos do cotidiano, para manter as pessoas informadas.
e)
valer-se de tema do cotidiano como ponto de partida para a construção de texto
que recebe tratamento estético.
QUESTÃO 11
Leia,
em primeira instância, o que nos diz o crítico literário Antônio Cândido acerca
do gênero “crônica”:
A crônica não é um “gênero maior”. Não se imagina uma
literatura feita de grandes cronistas, que lhe dessem o brilho universal dos
grandes romancistas, dramaturgos, e poetas. Nem se pensariam em atribuir o
Prêmio Nobel a um cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece mesmo que a
crônica é um gênero menor.
“Graças a Deus” – seria o caso de dizer, porque sendo
assim ela fica perto de nós.
Antônio Cândido
Tendo
em vista os conhecimentos de que dispõe a respeito de tal gênero, explicite
suas considerações sobre o fragmento acima, levando em consideração as
características que demarcam a modalidade em questão.
QUESTÃO 12
Explicite
seus conhecimentos acerca da crônica argumentativa.
QUESTÃO 13
O
texto que segue (fragmentos) é de autoria de Mário Prata. Lendo-o, procure
responder ao que se pede:
Na fila da liberdade
[...]
Pois foi numa dessas filas que o fato se deu.
Era uma bela fila, de umas dez pessoas. E em
supermercado, com aqueles carrinhos lotados, a gente ali olhando a mocinha
tirar latinha por latinha, rolo por rolo de papel higiênico, aquela coisa que
não tem fim mesmo. E naquela fila tinha um garotinho de uns dez anos, que
existe apenas uma palavra para definir a figurinha: um pentelho. Como muito bem
define o Houaiss: “pessoa que exaspera com sua presença, que importuna, que não
dá paz aos outros”.
Pois ali estava o pentelhinho no auge de sua
pentelhação. Quanto mais demorava, mais ele se aprimorava. E a mãe, ao lado,
impassível. Chegou uma hora que o garoto começou a mexer nas compras dos
outros. Tirar leite condensado de um carrinho e colocar no outro. Gritava, ria,
dava piruetas. Era o reizinho da fila. E a mãe, não era com ela.
Na fila ao lado (aquela de velhos, deficientes e
grávidas), tinha um casal de velhinhos. Mas velhinhos mesmo, de mãos dadas.
Ali, pelos oitenta anos. A velhinha, não aguentando mais a situação, resolveu
tomar as dores de todos e foi falar com a mãe. Que ela desse um jeito no
garoto, que ela tomasse uma providência. No que a mãe, de alto e bom tom:
-Educo meu filho assim, minha senhora. Com liberdade,
sem repressão. Meu filho é livre e feliz. É assim que se deve educar as
crianças hoje em dia.
A velhinha ainda ameaçou dizer alguma coisa, mas se
sentiu antiga, ultrapassada. Voltou para a sua fila. Só que não encontrou o seu
marido, que havia sumido.
Não
demorou muito e voltou o marido com um galão de água de cinco litros e,
calmamente, se aproximou da mãe do pentelho, abriu e entornou tudo na cabeça da
mulher.
-O que é isso, meu senhor?
O velhinho colocou o vasilhame (que palavra antiga) no
seu carrinho e enquanto a mulher esbravejava e o pentelho morria de rir, disse
bem alto:
-Também fui educado com liberdade!!!
Foi ovacionado.
Trata-se
de uma narrativa, sem dúvida. Contudo, uma narrativa diferente das
convencionais – o que nos atesta se tratar de uma crônica. Dessa forma, em se
tratando do narrador, procure ressaltar o que compreendeu acerca desse
importante elemento referente à modalidade em estudo:
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